Até você, Brutus?!

A ex-senadora Heloísa Helena tem feito tudo para protelar a execução da decisão judicial, já transitada em julgado, onde foi condenada por sonegação de impostos e busca derrubar no STF uma decisão que lhe negou uma liminar, em 2005. Observadores de plantão chegam a alegar que ela está à beira de ser acusada de litigância de má-fé.

Em 1996 quando era deputada estadual, não teria recolhido impostos referentes à chamada “verba de gabinete”. Naquela época a dívida ficava próxima de R$ 100 mil, valores que hoje chegam a beira a casa de R$ 1 milhão. O processo originário da Fazenda Nacional está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski.

Sobrevivência
O instinto de sobrevivência do homem algo incrível. Neste fim-de-semana o presidente do Senado, Renan Calheiros disse que não pretende agir como um representante do governo na votação da prorrogação da CPMF e admite mudanças na proposta quando ela chegar ao Senado. “Acho que vai ser preciso muita engenharia da parte do governo para aprová-la”. Sentindo-se útil ao processo e na tentativa se sobreviver no cargo disse: “penso que posso ajudar muito o debate entre governo e oposição para fazermos evoluir a CPMF, quem sabe mudando seus prazos e reduzindo alíquotas?”... Deu pra entender?

Não saio...
Jornalistas não perdoaram a oportunidade de conversar abertamente com Renan sobre os processos que enfrenta. Mas em suas respostas, o senador reafirma inocência e minimiza a pressão das ruas por sua cassação. “Hoje, depois da absolvição, tenho recebido milhares de mensagens, de cartas, e-mails, artigos e telefonemas de apoio, de encorajamento para manter a luta”, disse. Sobre o voto secreto disse é preciso respeitar as regras do jogo e aceitar o que o plenário decide soberanamente. Mas acrescentou: “o fim do voto secreto pode ser um passo no caminho de uma democracia mais robusta, mas há outros passos que precisamos dar antes.”