Carteira de trabalho

Empregos formais: Sul tem o melhor saldo dos últimos quatro anos

Resultado do primeiro trimestre é o segundo maior da mesorregião no período pós-pandemia

Por Redação Engeplus

Em 05/05/2025 às 10:20
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Foto: Maurício Vieira/Secom

 O aquecimento do mercado de trabalho formal no Sul do Estado, já percebido em janeiro e fevereiro, foi confirmado também em março, com o acréscimo de 1.345 vagas. Com isso, a mesorregião fechou o primeiro trimestre com saldo positivo de 9.030 novos empregos com carteira assinada no acumulado do ano.

 Esse é o melhor resultado para o período nos últimos quatro anos e o segundo maior no pós-pandemia. Fortemente impactada pelas restrições nas atividades econômicas, a geração de empregos na região contabilizou saldo de 3.451 vagas no primeiro trimestre de 2020.

 Com a recuperação da economia, já no ano seguinte o Sul catarinense contabilizou 9.739 novos postos de trabalho entre janeiro e março, marca que se mantém como a melhor da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

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 Nos anos seguintes, os saldos do primeiro trimestre ficaram em 6.408, 6.242 e 7.414, respectivamente, até ultrapassar novamente nove mil vagas geradas este ano.

 “Sem dúvida, os números são bastante positivos, mas sabemos que poderiam ser ainda mais expressivos, não fossem as dificuldades para encontrar profissionais qualificados. Essa é uma dor que nós temos e a Acic está empenhada em contribuir na busca por soluções, somando forças com outras entidades, instituições de ensino e poder público”, ressalta o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Franke Hobold.

Contribuição da Região Carbonífera

O bom desempenho em 2025 contou com a contribuição dos municípios que compõem a Região Carbonífera. Considerando os 12 municípios, foram acrescentados 3.432 empregos formais no primeiro trimestre.

Entre eles, 11 estão com resultados líquidos positivos no acumulado do ano, sendo Siderópolis a única exceção, com a perda de 31 vagas no período. Em março, o município que mais gerou empregos na Região Carbonífera foi Criciúma (665), e por outro lado, Siderópolis registrou o pior resultado na região (-22).

Indústria e serviços lideram

 “O resultado da mesorregião no primeiro trimestre foi impulsionado principalmente pela força da indústria e dos serviços — setores que já vinham em ritmo de expansão. Além disso, o movimento típico do começo do ano, quando aumenta a demanda por produção industrial, também contribuiu para o crescimento”, explica o economista Leonardo Alonso Rodrigues.

 “Na indústria, foram criadas 3.503 novas vagas, com destaque para a confecção de roupas e acessórios, que respondeu por 654 postos, e o processamento industrial do fumo, com 460 de saldo. Juntas, essas duas atividades representaram 31,8% dos empregos gerados na indústria no período”, aponta o economista Alison Fiuza.

 “Já o setor de serviços foi responsável por 4.155 contratações, sendo que a área de apoio à gestão da saúde liderou, com 1.276 novos postos — o equivalente a 30,7% do total de empregos gerados no setor no período”, acrescenta Rodrigues.

 Os especialistas elaboram o Boletim do Emprego Formal, disponibilizado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic), com a tabulação e análise dos dados do Novo Caged. O documento completo está disponível para consulta no site da entidade.

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