Denis Luciano *
O DESFECHO DA NOVELA DA SÉRIE B
A temporada termina melancólica no estádio Heriberto Hülse. O que foi euforia no primeiro turno, tornou-se tremenda decepção no segundo. A avaliação dos acertos, que naturalmente não será explicitada pela diretoria, será evidenciada no momento das renovações de contrato. Poucos, à exceção dos formados no próprio clube, escaparão à guilhotina que será acionada por Moacir Fernandes e Gustavo Gazzolla.
Sim, Moacir e Gazola. Afinal, mesmo em tempos de transição é natural acreditar que o diretor-presidente e o diretor de futebol seguirão dando as cartas. Quem acertou, ficará. Quem não acertou, se vai. Um óbvio movimento intenso de saída será verificado, portanto.
OS ACERTOS
Mais por necessidade do que por diferencial de qualidade, jogadores como o goleiro Zé Carlos, os zagueiros Sílvio Criciúma, Cláudio Luiz e Wiliam Amaral, o lateral Uendel, os volantes Basílio e Elizeu, os meias Adriano e Mateus e o atacante Jean Coral serão a base para o Catarinão 2008. Um intenso vestibular à vista portanto no Tigre.
OS ERROS
Os atacantes Maurício e Kélson e o lateral Alex Sandro foram os extremos da campanha do Criciúma. Estrelas do auge da campanha, ícones da má fase. Se para Kélson e Maurício a porta de saída é o caminho certo, para Alex Sandro pode-se esperar de tudo. No caso dos atacantes, o extracampo pesou demais.
Há fotos comprometedoras circulando por aí.
A DIRETORIA
Há defensores, no Heriberto Hülse, do retorno de Gelson da Silva. A amigos, o hoje treinador do Barueri confidencia que gostaria de ter uma nova chance. Embora tenha deixado o Criciúma na liderança quando saiu e durante 16 rodadas da Série B, é bom lembrar que Gelson saiu com o time em queda livre, jogando muito mal. Mas há campanha para o seu retorno.
NO APERTO
Por lesão, há pelo menos quatro jogadores afastados. Pessoas próximas a Carlos e Fantick, entre outros, contam que os salários deles estão atrasados, que o clube não tem dado apoio e que até comida tem faltado na mesa. Impossível acreditar que o Criciúma maltrataria desta forma seus funcionários. Mas a informação corre pelos bastidores esportivos.
POLÍTICA
E o destino político do Criciúma formatará o time do Catarinão e da Copa do Brasil. Se um dos empresários cogitados – Valério Mendes, Vilmar Guedes, Anselmo Freitas ou Valdecir Rampinelli - assumir com autonomia, será um perfil mais ousado. Mas se a nova direção tiver o jeito da atual, diga-se Gazola presidente, pode se esperar a base atual com reforços baratos e jovens.
MOVIMENTO CLARO
Quem conhece a política do Criciúma reconhece: como a influência suprema de Moacir Fernandes é indiscutível, é obvio que Gustavo Gazola é o mais cotado para ser o próximo presidente. Ou seria diretor-presidente? Porque a experiência atual deixa claro que o poder está no cargo de confiança (no caso atual, Moacir), e não no eletivo (atualmente, Guido Búrigo).
ENQUANTO ISSO
Especular contratações agora é suicídio no Criciúma. Primeiro passo será definir a diretoria de 2008... Propostas por Jean Coral desapareceram. Houve até oferta de R$ 500 mil pelo garoto... Empresário que queria levar quatro jogadores sumiu. Mercado paulista seria o destino... Setores do Criciúma iniciam campanha interna de paz com a imprensa. Tentam a adesão de Moacir Fernandes...
denis.luciano@hotmail.com
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