Por Redação Engeplus
Em 31/07/2018 às 18:30O inverno marca a migração das baleias-franca para o sul do Brasil. Elas vêm para procriar e acasalar. Isso acontece a cada ano desde a década de 80, quando a população de baleias começou a se recuperar a pós ser intensamente caçada. Atualmente em média cerca de 100 baleias são registradas a cada ano, apesar de que nos últimos anos o número tem sido menor.
Mas o ano passado marcou o retorno de uma baleia especial ao litoral catarinense. Em 2003 uma baleia jovem, com aproximadamente 1 ano de idade, entrou pelo canal dos molhes da barra do município de Laguna, nadando cerca de 14 km rio adentro até encalhar na Lagoa Santa Marta.
As autoridades ambientais e a equipe do Projeto Baleia Franca foram acionadas para avaliar a possibilidade de resgate. Após 30 horas encalhada, as equipes conseguiram rebocar a baleia até próximo à saída para o mar. Este ano, ao analisar as fotografias das baleias avistadas para catalogação, a Diretora de Pesquisa do Instituto Australis/Projeto Baleia Franca, Karina Groch, descobriu que aquela baleia resgatada em 2003, que era uma fêmea, havia retornado, agora com um filhote: “Este foi o primeiro registro de retorno de uma baleia franca que foi resgatada com vida após um encalhe, e é como se fosse uma recompensa por todo o esforço feito, e pelos anos de trabalho dedicados à conservação das baleias franca no Brasil, é muito gratificante, é o que faz nosso trabalho valer a pena e superar todos os desafios, que não são poucos”. O primeiro registro do retorno ocorreu no dia 31 de julho de 2017, por isso este dia foi definido como o Dia Nacional da Baleia Franca. O registro foi feito durante o sobrevoo de monitoramento da espécie, realizado pela SCPar/Porto de Imbituba, e executado pela Aquaplan em parceria com o Instituto
Australis.
Após esta data o par de mãe e filhote permaneceu cerca de 3 semanas na praia de Itapirubá Norte, em frente à sede do PBF/IA, em Imbituba. A data foi escolhida pois marcou o retorno desta baleia, e será celebrada para comemorar o retorno das baleias à costa brasileira após a caça. A baleia está catalogada desde 2003, com o número B291, mas ganhou o nome de “Sunset” que significa “pôr do sol” em inglês, pois foi devolvida ao mar no pôr do sol.
Seu filhote, uma baleia semi-albina, foi batizado de “Laguna” em homenagem à cidade de Laguna, onde ocorreu o encalhe. A data ainda terá que ser oficializada no calendário nacional, mas já está sendo celebrada a partir deste ano. Desde 1998 o Projeto Baleia Franca/Instituto Australis realiza o monitoramento das baleias franca a partir de terra, na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca. O monitoramento deste ano teve início em algumas praias de Imbituba em julho, e a partir desta semana será ampliado, abrangendo 9 praias da APABF, desde a Gamboa (Garopaba, SC) até o Cabo de Santa Marta (Laguna, SC). As informações sobre avistagens são divulgadas nas redes sociais (@institutoaustralis) e no mapa de avistagens no site da instituição. Desde 2015 o Instituto Australis é a instituição mantenedora do Programa de Pesquisa em Conservação da Baleia Franca, o Projeto Baleia Franca. Saiba mais em www.baleiafranca.org.br.
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