Por Denis Luciano - denis.luciano@engeplus.com.br
Em 08/05/2017 às 20:10A Via Rápida não está aberta ao trânsito. É uma rodovia em obras ainda. Mas alguns motoristas já se aventuram pelo trecho de cerca de 11 quilômetros que corta a zona rural de Içara e une Criciúma à BR-101. A reportagem do Portal Engeplus topou o desafio e fez na manhã desta segunda-feira o test drive da futura SC-445.
Da arrancada, ás 10h16min, à chegada, às 10h25min, foram nove minutos de agradáveis surpresas e a comprovação: ela vai permitir uma substancial economia de tempo a quem optar por este novo caminho, onde o asfalto ainda reluz de tão novo numa das pistas já quase concluída.
A proposta foi começar a viagem no bairro Próspera, fazendo o sentido que muitos percorrerão no veraneio a partir da inauguração da Via Rápida, marcada para 20 de dezembro. Vencido o viaduto da Próspera, a primeira surpresa: uma dupla de ciclistas usou a manhã de segunda-feira para pedalar no asfalto novo. A ciclovia começa logo adiante do Batalhão da Polícia Militar e tem pouco mais de um quilômetro e meio de extensão.
Cem metros antes do segundo quilômetro aparece o viaduto sobre a rua Vitalino Scremin. O cenário é de transformações. A pista inferior, no bairro Cristo Redentor, já ganhou asfalto. O entorno das fábricas ali existentes convive com a reurbanização resultante das obras paralelas à Via Rápida. Enquanto isso, pouco depois do viaduto, um condomínio residencial dá ares ainda mais urbanos ao setor.
O asfalto domina o solo por quase um quilômetro e meio na sequência até encontrar o único ponto descontínuo: os cerca de 400 metros no entorno da última residência derrubada no caminho da futura rodovia. A terra está remexida, o solo sendo preparado para receber as bases, mas nada que comprometa o cronograma final do importante investimento, garantem os responsáveis.
Duzentos metros depois da volta do asfalto, outro viaduto, já bem composto, sobre a linha férrea. Mais 700 metro e mais um viaduto, desta fez sobre a Rodovia Antônio Darós, que por sua vez faz a conexão da Primeira Linha/São João com Içara e o Anel Viário.
Quanto mais avança a Via Rápida, serpenteando o interior de Içara, mais o cenário se torna bucólico e rural. Até o odor muda. O ar parece mais leve, o silêncio ainda é de fato silencioso para quem desce do veículo e desliga-se do mundo. O vai e vem, obviamente constrangido pela falta de liberação efetiva do trecho, ainda é vencido pela silenciosa ação da natureza.
Pouco mais de dois quilômetros adiante do viaduto da Primeira Linha, outro, desta vez a encobrir a estrada, também em obras, que dá acesso ao Santuário do Sagrado Coração de Jesus, recém inaugurado em Içara. Trata-se de uma conexão importante, que terá quatro alças para a ligação entre a futura SC-445 e o acesso ao ponto religioso, muito próximo dali. É que, quase lado a lado, duas frentes diferentes de obras fazem avançar pavimentações estratégicas e fundamentais para a região.
Uma vaca rumina e alimenta-se sem sobressaltos não muito longe do asfalto perto dali e, 300 metros adiante, um campo de futebol separado por poucos metros da rodovia faz lembrar que, num futuro próximo, a bola, se chutada com força, poderá até atrapalhar algum carro na rodovia. Logo, atenção redobrada aos zagueirões do interior içarense.
O cheiro de mato impregnando o ambiente indica que, lá pelo nono quilômetro, a BR-101 até está próxima, mas o natural segue preponderando perante ao urbano. É o que acusa uma casa, bem composta, e que pode até parecer pequena no horizonte, mas as terras aradas em seu entorno e os animais que por ali pastam indicam que há uma, ou algumas vidas, ligadas àquela subsistência.
O ponto mais efervescente, das diversas frentes de obras flagradas no passeio, encontra-se na junção da Via Rápida com a BR-101. São caminhões, tratores, vai e vem de operários, escavações, tubos, drenos, base para o asfalto, pedras que são removidas. Há uma corrida contra o tempo já que na tarde de 20 de dezembro, daqui a exatos 226 dias os primeiros carros estarão oficialmente circulando na rodovia já iluminada, pintada e com velocidade máxima definida. É esperar, torcer e crer.
1,2 km – Cruzamento da Via Rápida (antiga rua Matias Paz) com a rua Antônio Martinho Prudêncio.
1,9 km – Viaduto sobre a rua Vitalino Scremin, altura do bairro Cristo Redentor.
3,3 km – Único ponto sem asfalto da pista já pavimentada, antiga residência do radialista Mário Lima.
3,7 km – Volta do asfalto, após o trecho descontínuo e mais atrasado da obra.
4,4 km – Viaduto sobre a Rodovia Antônio Darós, na Primeira Linha/São João.
6,7 km – Viaduto sobre a rodovia ICR-253, acesso ao Santuário do Sagrado Coração de Jesus em Morro Bonito, Içara.
8,5 km – Um casal caminha às margens da Via Rápida, em um espaço que no futuro não haverá para pedestres.
8,7 km – Um travessão improvisado indica a altura máxima de quatro metros para caminhões na rodovia.
9,0 km – Cena comum na futura Via Rápida: o corte de pequenos e médios morros, incrementando o bonito cenário.
9,5 km – Uma carroça aparentemente abandonada repousa onde, em poucos meses, haverá o asfalto da segunda pista.
9,8 km – Mais uma das várias frentes de trabalho que atuavam na manhã desta segunda na rodovia.
10,5 km – O motociclista usa o atalho da Via Rápida para, pouco antes do Poço Oito, alcançar a BR-101.
11,0 km – Ciclistas passeiam pela Via Rápida, próximo à BR-101.
11,8 km – Caminhões removem terra onde haverá uma das alças de acesso da BR-101 à Via Rápida, em Içara.
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