Por Rafaela Custódio -
Em 26/09/2020 às 13:42Por trás de cada Equipamento de Proteção Individual (EPI) de um profissional da saúde existe uma história. Talvez os pacientes que entram no Centro de Triagem (CT) na área central de Criciúma não imaginam a força-tarefa que é realizada todos os dias para que os trabalhadores consigam atender das 7 horas à meia-noite. Entre essas pessoas está Juliana de Oliveira Zeferino, de 38 anos. Ela atua como higienizadora e está trabalhando há seis meses no CT.
Juliana é casada há 16 anos com Fabiano Bernardes e tem dois filhos: Kauã, de 14 anos, e Kaylane, de 17. Ela já atuava na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Mina do Toco, localidade onde reside, porém a Prefeitura de Criciúma a convidou para trabalhar no Centro de Triagem ainda em março e ela aceitou.
“Estava trabalhando normalmente, quando fui convidada. Em março, tudo era novidade e, claro, assusta. Mas vim com a certeza de que no Centro de Triagem teríamos todos os equipamentos necessários para nos proteger. Usamos os EPIs diariamente e nos cuidamos muito para que não sejamos contaminados”, comenta. “Chegando em casa, antes de dar um oi para a família, já vou direto para o banho e tenho um local separado para as roupas contaminadas”, acrescenta.
Juliana já trabalhou como balconista e camareira, mas foi na saúde que se encontrou. “Passei no processo seletivo da Prefeitura de Criciúma e me encontrei na UBS. Hoje, estou cursando massoterapia, porém no próximo ano quero iniciar um curso para técnico de enfermagem, pois é uma área que me identifiquei e quero seguir carreira”, revela.
Ela atua como higienizadora do Centro de Triagem, ou seja, precisa manter uma atenção redobrada. “Estamos lidando diretamente com o vírus e isso é complicado. Precisamos por exemplo, retirar o lixo que está com os EPIs, ou seja, temos que ter o máximo de cuidados. Mas é algo que gosto de fazer e sou feliz trabalhando nesta função”, conta.
Atualmente, Juliana trabalha 12 horas e folga e 36. Ela já realizou plantões também no Centro de Triagem do Boa Vista. A profissional relata que o movimento caiu nas últimas semanas. “O movimento diminuiu, mas ainda há atendimentos, sim. A equipe continua trabalhando normalmente e sempre pronta para atender a população”, garante.
“Nunca imaginei trabalhar na saúde, mas é um lugar que me encontrei e que me trouxe o desejo de estudar novamente. Me identifiquei com as pessoas e em poder ajudar o próximo”.
Juliana comenta que a equipe do Centro de Triagem é muito unida. “É um lugar que todos caminham para a mesma direção. Todos são tratados da mesma maneira, independente da profissão, e isso é muito bom”, destaca. “Estava tendo minha rotina normal quando vim para o CT e tudo mudou desde março, mas não me arrependo de ter aceitado o convite, pois tudo mudou para melhor”, finaliza.
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