Por Redação Engeplus
Em 20/08/2018 às 18:20Quem vê a estudante Camila Castro de Almeida, de 16 anos, malhando não imagina o sufoco que ela passou há três anos. "Eu sentia muita dor nas costas, quando ficava muito tempo em pé e até quando corria", relata. Pouco tempo depois, ela descobriu que tem escoliose.
O médico ortopedista e subespecialista em cirurgia de coluna minimamente invasiva, Rodrigo Souza Lima, da Clínica Ortosul, explica que esta é uma deformidade na coluna vertebral. O problema afeta três vezes mais meninas do que meninos, de acordo com artigo publicado no Journal of Children's Orthopaedics, em 2012.
Lima destaca que existem três tipos da doença. A escoliose idiopática infantil, que afeta crianças de até três anos; a escoliose idiopática juvenil dos quatro aos nove. E a escoliose idiopática do adolescente, dos dez aos 14 anos, como o caso da Camila.
Segundo o especialista, esta é uma doença silenciosa, que geralmente não se manifesta. Mas, o adolescente pode ter alterações estéticas nas costas, quando a deformidade apresentar uma angulação mais alta. "Quanto maior a deformidade da curva, maior será a sua gravidade", complementa Lima.
Dr. Rodrigo afirma que o tratamento depende muito da gravidade da doença. "As opções de tratamento podem ser mais simples, como uma observação, com radiografias seriadas e/ou uso de coletes, até tratamentos mais complexos, como cirúrgico. Cada caso deve ser avaliado de forma individualizada", aponta.
Atividade física
Desde que descobriu o problema Camila procurou se exercitar e garante não sentir mais dores nas costas. "Eu faço abdominais, leg press, agachamento, mesa flexora, cadeira abdutora e adutora. Graças a esses exercícios eu percebi uma grande diferença no meu cotidiano e não consigo mais viver sem malhar", relata a estudante.
Quem cuida dos treinos da adolescente é o professor de musculação Welbert Lucas. Ele ressalta que as pessoas com escoliose precisam manter a musculatura da região central do corpo sempre fortalecida. "Modalidades como pilates e a musculação podem ser recomendadas, auxiliando na melhora da postura e estabilização da coluna", comenta.
Mas o ortopedista alerta que é preciso ter cuidado com alguns exercícios, que podem gerar sobrecarga e gerar outros problemas, como uma hérnia de disco.
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