Saúde

Santa Catarina amplia leitos de UTI em Criciúma diante do aumento de doenças respiratórias

O Sul de SC está com 87,7% de ocupação das vagas de UTI

Por Rafaela Custódio - rafaela.sousa@engeplus.com.br

Em 26/06/2025 às 10:57
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Foto: Freepik/Divulgação/Ilustrativa

Diante do crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Santa Catarina, o Governo do Estado reforçou a rede hospitalar com a abertura de 13 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos municípios de Criciúma e Timbó. A medida visa garantir atendimento rápido e eficaz aos pacientes que evoluem para quadros mais graves durante o período de maior circulação de vírus respiratórios.

Em Criciúma, o Hospital São José recebeu três novos leitos de UTI adulto, integrados ao Sistema Único de Saúde (SUS), totalizando agora 33 vagas na unidade. Já em Timbó, o Hospital e Maternidade Oase passou a contar com dez novos leitos: seis para adultos, dois neonatais e dois pediátricos.

Leitos no Hospital São José. (Foto: Divulgação Ascom/SES)

Segundo a gerente regional de Saúde em Criciúma, Moyra Feltrin Lopes, a iniciativa do Estado é estratégica e busca não deixar nenhum paciente sem atendimento. “O Estado comprou três leitos e o Hospital São José fez a ampliação, incluindo três para doenças respiratórias. Esse movimento é fundamental para manter a oferta conforme a demanda. Santa Catarina foi o estado que mais abriu leitos de UTI no Brasil, com 264 novas vagas entre adultos e pediátricos”, destacou em entrevista ao Portal Engeplus

Mesmo que Criciúma tenha recebido os novos leitos, Moyra lembra que eles são geridos pelo Estado e servem para atendimento de pacientes de todas as regiões catarinenses. “Hoje, ninguém está desassistido. Monitoramos os leitos hospitalares o ano todo, mas no inverno o olhar é ainda mais atento. Se uma região está com a situação mais controlada, damos suporte para as demais. Esse é o papel do governo estadual”, frisou. 

Informações sobre os leitos adultos em Santa Catarina. No Sul catarinense, 89,7% dos leitos estão ocupados. 

A gerente também reforçou o alerta à população para a importância da vacinação, principalmente na prevenção das doenças respiratórias. “A vacinação é fundamental para conter a disseminação dos vírus. Na região carbonífera, a cobertura vacinal infantil continua baixa, com apenas 56% do público-alvo vacinado nos 12 municípios. Todas as vacinas contra a Influenza estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Precisamos que a população faça a sua parte”, reforçou Moyra. Na região carbonífera, foram aplicadas 63.431 doses em adultos entre 20 e 59 anos. 

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Informações sobre os leitos pediátricos em Santa Catarina. No Sul catarinense, 57,1% dos leitos estão ocupados. 

Vacina contra gripe

A campanha de vacinação contra a gripe começou em abril, com o objetivo de imunizar 90% do público-alvo, composto principalmente por idosos, crianças de idades entre 6 meses e 6 anos, gestantes e puérperas.

O Ministério da Saúde convoca esses grupos e os demais aptos a se vacinar procurem a proteção o mais rápido possível em unidades de saúde de seus municípios, porque o vírus causador da gripe circula com mais força no inverno. 

Segundo o Ministério da Saúde, o imunizante é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

Mortes

Em 2024, Santa Catarina registrou 128 mortes por gripe (influenza), além da sobrecarrega nos hospitais, com ocupação de leitos de UTI e outros equipamentos de saúde. Embora o governo do estado venha se preparando desde 2023 para ampliar a capacidade de atendimento, com a abertura de novos leitos de UTIs, o secretário reforça a necessidade de conscientização sobre a importância da vacinação.

O imunizante demora de duas a três semanas após a aplicação para conferir a proteção adequada. Em 2024, o estado registrou 1.693 casos da doença, a maioria por influenza A (H1N1).

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