No Limite do Fato

Outra estrela no céu: Esther Pacheco Mucillo atendeu ao chamado lá de cima

Uma vida fulgurante, vivida com brilho permanente no Araranguá e no Arroio do Silva

Por Aderbal Machado - aderbal.machado@engeplus.com.br

Em 10/04/2021 às 11:11
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Alegre e disposta como poucas, Esther Pacheco Mucillo, sobrinha por parte de pai (de um primeiro casamento do meu velho) resolveu ir, atendendo aos apelos divinos.

E se foi com o mesmo sorriso alvissareiro com que sempre viveu, espargindo suas benesses a todos. 

É possível afirmar: o Araranguá de hoje e de ontem, lá dos primórdios inesquecíveis dos anos mais dourados do Século XX - 40, 50, 60, 70, 80, esteve sempre incrustrado na sua alma leve e clara. 

Impossível a quem viveu aqueles anos desconhecer ou não lembrar de Esther. O Arroio do Silva, onde vivia, lhe deve uma homenagem e tanto, pois ali ela jogou todas as suas graças até o fim. E toda a convicção de que assim é e assim será me move um sentimento até de gratidão por tê-la próximo durante tantos anos.

Completou o ciclo da vida com formosura. Eu a conheci desde sempre. Ela me viu nascer. Havia uma relação muito aproximada com os Machado, afinal parentes em grau máximo (Machado-Pacheco/Pacheco-Machado). E eu estive com ela por várias vezes. Os últimos tempos, a geografia nos afastou, por essas coisas que a vida nos força, mas as lembranças não. São indeléveis, fortes, fundas.

Na foto anexada adiante, aparecem, num registro familiar lá dos idos de 42 ou 43, por aí, na nossa casa da Praça Hercílio Luz, no Araranguá: Mamãe com Aimberê ao colo, Waldemar (irmão de Esther e falecido recentemente), Adherbal Telésforo (mano falecido aos 15 anos), Esther, Attahualpa César, Aryovaldo Huascar (dois manos também já falecidos). Abaixo, Icleia com o cão Zulu ao colo (esse cão faleceu junto com o Adherbal, ao tentar andar de canoa atrás de casa, no Rio Araranguá; estava amarrado ao seu pulso) e finalmente Agilmar, hoje lá pelos cantos oestinos do Paraná. Só para comprovar a proximidade desde os primórdios das famílias.

Haveremos de, junto à tristeza natural pela perda, relembrar Esther como uma estrela cadente que irá iluminar os céus do Araranguá e do Arroio do Silva.. Afinal, em vida foi fulgurante, vívida, absoluta.

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