Por Lucas Renan Domingos -
Em 04/04/2023 às 19:22Um desentendimento entre prefeitos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) vem movimentando os bastidores da entidade nos últimos dias, com reflexos também no Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amrec (CIS-Amrec). O impasse ainda pode gerar a renúncia de Agenor Coral, o Noi Coral, prefeito de Morro da Fumaça, do cargo de presidente da Amrec.
O desacordo passa pela troca de diretores na associação e no consórcio. Quando se tornou presidente da Amrec, Noi Coral substituiu a diretoria executiva da entidade. Demitiu Nelson Silva do cargo e contratou Clédio Fachin, por querer uma pessoa de sua confiança na função. Seis dos 12 prefeitos da Amrec pediram, então, que o prefeito de Morro da Fumaça colocasse Silva na diretoria do CIS-Amrec. Como não possui gerência sobre o consórcio, Noi Coral alegou que não poderia fazer a substituição, gerando uma ruptura.
Insatisfeitos com a gestão do CIS-Amrec e querendo a saída de Roque Salvan, atual diretor do consórcio, as prefeituras de Criciúma, Forquilhinha, Nova Veneza, Siderópolis e Cocal do Sul, pararam de efetuar o pagamento da mensalidade para a Amrec. A decisão dos prefeitos, segundo o presidente, inviabiliza a continuidade da associação, já que os repasses das cinco prefeituras representa mais da metade da arrecadação da entidade.
“O orçamento mensal da Amrec é de R$ 133 mil. Só Criciúma contribui com R$ 35 mil. Os cinco municípios que pararam de pagar, representam R$ 70 mil a menos de arrecadação. Não tem como continuar com a associação deste jeito. Os outros sete municípios que sobraram, não possuem condições de aumentar seus repasses”, destacou Noi Coral.
Criciúma e Forquilhinha não efetuam os repasses desde janeiro. Cocal do Sul pagou apenas as parcelas de janeiro e fevereiro. Nova Veneza contribuiu financeiramente com a Amrec apenas em janeiro. E Siderópolis fez os pagamentos de janeiro, fevereiro e março, mas já avisou o presidente da associação que suspenderá a contribuição a partir do mês de abril. Caso Salvan não seja desligado, os cinco prefeitos sinalizaram que estudarão a formação de um consórcio independente.
Possível renúncia
Diante da situação, o prefeito de Morro da Fumaça chegou a anunciar que renunciaria ao cargo de presidente da Amrec. Só que Noi Coral foi convencido, durante reunião com os demais sete prefeitos da associação nessa segunda-feira, dia 3, a não entregar o cargo.
Uma nova reunião foi realizada nesta terça-feira, dia 4, e Noi Coral ainda segue na função. No encontro, os cinco prefeitos que não estavam efetuando os pagamentos afirmaram que aceitam retomar com as contribuições mesmo que Nelson Silva não assuma o CIS-Amrec, mas não abrem mão de que Roque Salvan seja desligado do cargo de diretor do consórcio.
“Agora a decisão está com o presidente do CIS-Amrec, que é o Jorge Koch, prefeito de Orleans. Ele é quem pode trocar o diretor do consórcio. Eu não tenho esta autonomia. A decisão dele deve ser comunicada amanhã (quarta-feira, dia 5). Enquanto isso eu sigo como presidente da Amrec”, pontuou Noi Coral.
A reportagem do Portal Engeplus entrou em contato com Jorge Koch. O prefeito de Orleans e presidente do CIS-Amrec afirmou que só falará sobre a sua decisão nesta quarta-feira. “Eu preciso ir para casa, tomar um banho, descansar, fazer uma oração para que eu tome a decisão correta. Antes disso, não falo mais nada”, se limitou a dizer Koch.
Participaram da reunião desta quarta-feira (foto no início da matéria) os prefeitos Agenor Coral (Morro da Fumaça) Clésio Salvaro (Criciúma), José Cláudio Gonçalves (Forquilhinha), Dalvania Cardoso (Içara), Jairo Custódio (Balneário Rincão), Gustavo Cancellier (Urussanga), Jorge Koch (Orleans), Valério Moretti (Treviso) e Rogério Frigo (Nova Veneza). Não estiveram presentes os prefeitos Fernando de Fáveri (Cocal do Sul), Franqui Salvaro (Siderópolis) e Saionara Bora (Lauro Müller).
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