Por Lúcia Búrigo - Insights@engeplus.com.br
Em 19/03/2021 às 08:55Na comunicação o processo sempre deveria iniciar com a escuta ativa. Uma fala que emerge da escuta tende a ser generosa. Aliás, não há nada mais amoroso do que escutar alguém, dedicando tempo e atenção. É muito delicado e gentil se pôr à disposição do outro. Parar, olhar no olho e naturalmente ouvir. Simples, porém difícil, mas tremendamente assertivo, pois essa prática permite diálogos mais qualificados, preferencialmente sem usar adjetivos feito penduricalhos para evitar distorções.
Nestes tempos narcísicos é preciso muito cuidado ao se comunicar porque a expectativa de adulações e elogios é grande. E com isso uma lista variada de expressões se tornou proibitiva porque remetem a julgamentos definidos, por vezes, como abusivos, equivocados ou destrutivos. Mas, isso é assunto para outro momento...a conversa é sobre escuta. E só para lembrar, escutar não exige que seja necessário falar imediatamente ao outro, disparando conselhos ou mesmo minimizando a sua dor como que querendo encerrar rapidamente o assunto, com um sonoro “nem esquenta, que passa” ou “relaxa, daqui a pouco tudo se ajeita”, tentando sair fora da questão em foco, em nome da boa gestão de tempo e da objetividade.
Muito se fala sobre empatia, mas observe que ela costuma brotar mais onde já existe identidade e afeto. Num cenário assim, ela emerge facinho. Ser empático com o que nos contraria é que não é moleza. A falta de empatia genuína se revela em exemplos muito recorrentes, como quando atravessamos a fala do outro com o nosso problema, afinal “comigo foi bem pior” como se estivéssemos competindo por sofrimento, menosprezando nas entrelinhas o que foi revelado pelo interlocutor. Noutras ainda, nem a pessoa concluiu seu raciocínio e já estamos aconselhando invasivamente a sua tomada de decisão, porque nem bem ele se colocou, já corremos na frente antecipando soluções, sem conhecer o contexto, para dar fim rápido a questão de modo pragmático. E aí nascem as insatisfações e a dificuldade de tolerar.
Portanto, se queremos preservar nossa comunicação, que é uma essencial skill para todas as nossas interações o negócio é ter atenção concentrada, mesmo em tempos exponenciais, onde tudo é veloz. Comunicação não é sobre jogar, mas sobre convidar o outro para dançar, de modo harmônico e integrado para que flua e traga alegria para as partes envolvidas. O processo é diverso, quente, ambíguo, complexo e incerto, tal qual a nossa era. O primeiro passo é observar e só depois avançar paulatinamente para que fique tudo bem, superando os momentos de ansiedade. Como fazer? Comece a treinar já, você vai descobrir que só melhora, porque a prática leva a perfeição.
Lúcia Búrigo - Sócia da Bossa Experiências Criativas, que atua com inteligência estratégica para comunicação e marketing, educação (cursos, palestras e workshops) e eventos. Contatos: 48 988501591
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