Criciúma

Criciúma: júri popular condena mãe e filho por homicídio no bairro Colonial

Vítima, de 43 anos, era ex-marido e pai dos réus e foi morto a facadas

Por Lucas Renan Domingos - jornalismo@engeplus.com.br

Em 11/10/2024 às 07:39
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Foto: Divulgação

Mãe e filho foram condenados a 18 e 16 anos de prisão em regime fechado, respectivamente, pelo assassinato de Edson da Rosa, de 43 anos, ocorrido em 1º de novembro de 2022, no bairro Colonial, em Criciúma. A vítima era ex-marido e pai dos réus, que foram levados para júri popular na manhã dessa quinta-feira, dia 10. O julgamento terminou na madrugada desta sexta-feira, dia 11, com a definição da sentença. 

Os jurados acolheram os argumentos da acusação. A ex-esposa da vítima, de 43 anos, foi condenada pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, por uso de meio cruel e por emboscada. Já o filho de Rosa, de 21 anos, foi condenado também por homicídio por motivo torpe, por uso de meio cruel e traição. 

Relembre o caso

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O corpo de Rosa foi encontrado horas depois dele ser morto, quando policiais militares foram até a casa dos réus e encontraram a vítima sem vida. O filho dele, que tinha 19 na época, relatou no dia do crime que estava na casa onde morava com a mãe, a esposa e seu filho e que seu pai, que havia deixado a residência há um mês, retornou ao local para pegar documentos, momento em que houve uma discussão.

Ainda durante seu depoimento em 2022, o acusado disse que o pai pegou um canivete e partiu para cima da sua mãe. Para protegê-la, ele reagiu e foi esfaqueado na mão, mas conseguiu aplicar um golpe “mata-leão” em Rosa até ele desmaiar. Após isso, o filho disse que foi até um hospital para tratar o ferimento, onde foi interrogado pelos policiais.

Após ouvirem o filho, os policiais foram até a casa e abordaram a ex-esposa da vítima, que tinha 41 anos na época. Ela confirmou que seu ex-marido e filho brigaram, mas que ambos saíram do local após a discussão.

Os militares pediram para entrar na casa, pois havia a suspeita de que havia um corpo no local. Nesse momento, a mulher mudou a versão e disse que durante a briga o seu filho foi atingido com uma facada na mão e conseguiu arrancar a faca do pai, desferindo diversas facadas em seu ex-marido. A vítima foi atingida 24 vezes.

Mãe e filho chegaram a ser presos em flagrante, mas liberados no dia seguinte. A faca e o canivete utilizados no dia do crime foram apreendidos. Após a investigação, a Polícia Civil constatou que o assassinato foi premeditado. Para os investigadores, os dois planejaram o crime para obter benefícios financeiros com a morte. Com isso, eles retornaram para o sistema penitenciário no dia 18 de maio de 2023, após a Justiça autorizar a prisão preventiva de ambos.

Argumentos dos advogados

Durante o júri popular, os advogados de defesa da família de Edson da Rosa reforçaram a versão que o crime foi premeditado. Para a acusação, os réus atraíram a vítima para a casa onde moravam com a desculpa de que ele deveria buscar documentos da separação do casal. Ao chegar na residência, o homem foi atingido com 24 golpes de faca e canivete. 

Ainda na versão apresentada pela acusação, o objetivo da morte seria a quitação do financiamento do imóvel onde mãe e filho moravam, já que a dívida estava em nome de Rosa e o contrato previa o fim dos pagamentos em caso de morte. Outro benefício financeiro, seria a possibilidade da ex-esposa da vítima receber uma pensão por morte. 

Já a defesa dos réus rebateu  a acusação ao defender que o crime não foi premeditado. Os advogados alegaram que não teria como o homicídio ser planejado na casa dos próprios réus e que mãe e filho não tinham nem uma maneira de como esconder o corpo. Eles relataram que Rosa chegou na residência e houve uma discussão. Durante a briga, ele esfaqueou a mão do filho. A ex-esposa reagiu e desferiu golpes no ex-marido. Ao fim, o júri acatou a versão da acusação, definindo pela condenação dos réus.

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