Sem unanimidade

Vereador Jair Alexandre é eleito presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma

Chapa do peelista foi aprovada com 13 votos favoráveis e quatro contrários

Por Lucas Renan Domingos -

Em 09/01/2024 às 18:48
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Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores de Criciúma

Em sessão extraordinária nesta terça-feira, dia 9, a Câmara de Vereadores de Criciúma elegeu a nova Mesa Diretora. A presidência no ano de 2024 será do vereador pastor Jair Alexandre (PL). A chapa eleita tem ainda Obadias Benones (Avante) como vice-presidente, Geovana Zanette (PSDB) como primeira-secretária e Valmir Dagostim (PP), o Miri, como segundo-secretário.

A nova Mesa Diretora foi aprovada com 13 votos favoráveis e quatro contrários. O ato da posse foi realizado logo após a votação. Os votos contra a chapa foram de Giovana Mondardo (PCdoB), Juarez de Jesus (PSD), Paulo Ferrarezi (MDB) e Zairo Casagrande (PDT).


Vereadores de Criciúma durante votação para a presidência do Legislativo - Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores de Criciúma

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Veja como votou cada vereador:

Antônio Manoel (PSDB), o Toninho da Imbralit – A favor

Daniel Antunes (União) - A favor

Geovana Benedet Zanette (PSDB) – A favor

Giovana Mondardo (PCdoB) – Contra

Jair Augusto Alexandre (PL) – A favor

José Paulo Ferrarezzi (MDB) – Contra

Juarez de Jesus (PSD) – Contra

Júlio Kaminski (PP) – A favor

Luiz Manoel Alexandre Neto, o Neto Uggionni (PSDB) – A favor

Manoel Rozeng (PP) - A favor

Mário Darós (PSDB) - A favor

Nícola Martins (PSDB) – A favor

Obadias Benones (Avante) – A favor

Roseli De Lucca Pizzolo (PSDB) – A favor

Salésio Lima (PSD) – A favor

Valmir Dagostim (PP), o Miri – A favor

Zairo Casagrande (PDT) – Contra

 

Votos a favor: 13

Votos contra: 4

A eleição de Alexandre para a presidência já era esperada. Além de sua chapa ser a única inscrita para a eleição, seu nome na principal cadeira do Legislativo faz parte de um acordo firmado no início da atual legislatura, ainda no ano de 2021,  por 11 dos 17 vereadores eleitos. O acerto estabelecia que Arleu da Silveira (PSDB) seria o presidente no primeiro ano, Roseli De Lucca Pizzolo (PSDB) no segundo, Salésio Lima (PSD) no terceiro e Alexandre no quarto.

“É uma grande responsabilidade para todos nós sermos vereadores. E é uma responsabilidade ainda maior sobre os meus ombros ser o presidente. Agradecer aos vereadores que formavam à mesa anterior por renunciar e cumprir o acordo e aqueles que votaram a favor da nossa chapa. Será um ano desafiador para todos nós e temos que fazer muito mais do que a gente vinha fazendo. Vamos trabalhar juntos, unidos, com projetos, planos para fazer a Câmara de Vereadores ainda maior”, pontuou o pastor em sua posse.

Em seu mandato, Alexandre tem como principal bandeira licitar a obra de construção da nova sede da Câmara de Vereadores. A estrutura será erguida no Parque Altair Guidi e já está com os projetos prontos. O valor orçado é de R$ 20 milhões. O vereador ainda promete encaminhar pautas focadas em Saúde e Assistência Social, áreas de sua atuação.

Troca na chapa

A chapa eleita estava desenhada para ter outra formação. O presidente eleito havia convidado inicialmente o vereador Juares de Jesus (PSD) para ser seu vice. Mas semanas antes da eleição acabou mudando de opinião. Alexandre argumentou que a troca foi um pedido de parte dos 11 vereadores que estavam no acordo firmado em 2021.

“O acordo inicial sempre foi para a eleição do presidente, que poderia escolher o restante da chapa. O Juarez, quando o acordo foi feito, estava como primeiro-secretário. Depois eu tomei a decisão de convidá-lo para a presidência, mas tive uma reunião com os vereadores e eles fizeram este pedido para que eu mudasse o vice. Cheguei a convidar o Juarez para continuar como o primeiro-secretário conforme estava estabelecido anteriormente, mas ele não aceitou”, justificou.

Jesus foi um dos votos contrários na eleição desta terça-feira. Ele afirmou que seu posicionamento levou em consideração a retirada do seu nome da chapa no cargo de vice-presidente. “O acordo feito no início da legislatura falava sobre o presidente. E neste mesmo acordo ficou definido que o presidente escolheria os demais nomes da mesa. Só que este acordo foi quebrado e não teria como eu votar a favor de um grupo que não cumpriu o prometido e que me prejudicou”, disse o parlamentar.


Juarez de Jesus, vereador de Criciúma pel PSD - Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores de Criciúma

Jesus acredita que a troca do seu nome foi motivado por pressão da base governista do Legislativo, que também forma maioria entre os 11 vereadores participantes do acordo. “Talvez foi um pedido que veio do Paço Municipal que possa me ver como uma oposição. Mas eu não me posiciono assim. Eu sou independente. Até penso que o atual governo de Criciúma faz um bom governo, mas tenho o direito de não concordar com algumas pautas. E acho que isso incomodou um pouco”, destacou.

Ele também fez críticas ao pastor Jair Alexandre. “Ele não honrou com a palavra. Eu sei que se eu ficasse, poderia prejudicar a candidatura dele. Mas ele me deu a palavra e não cumpriu. Entendo que faz parte da política, mas tem momentos que precisamos nos posicionar. Eu estou tranquilo e motivado para fazer mais um bom ano de trabalho na Câmara de Vereadores”, completou Jesus.

As sessões ordinárias da Câmara de Vereadores retornam apenas no mês de fevereiro. O primeiro encontro dos parlamentares está marcado para a segunda-feira do dia 5 de fevereiro. 

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