Debate

Em audiência pública, protocolo de atendimento à saúde mental dos servidores é aprovado

Os participantes discutiram os principais desafios enfrentados pelos servidores

Por Redação Engeplus

Em 14/05/2025 às 21:36
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Foto: Edson Padoin/Câmara de Vereadores

A Câmara Municipal de Criciúma realizou, nesta quarta-feira, dia 14, uma audiência pública para debater a saúde mental dos servidores públicos municipais. A iniciativa, promovida pelo vereador e médico Luiz Carlos Custódio Fontana, ocorreu no auditório da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), no bairro Pinheirinho. 

O encontro contou com a participação do médico do trabalho, Roberto Ruis, do estudante de psicologia Roberto A. Melo Filho e do presidente do Conselho Municipal de Saúde, Julio Zavadil, que compuseram a mesa de debate. Durante a audiência, os participantes discutiram os principais desafios enfrentados pelos servidores, especialmente em relação a doenças como ansiedade, depressão e síndrome de burnout.

Encaminhamentos definidos

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Ao final da audiência, foram estabelecidas medidas para promover melhorias na saúde mental dos servidores públicos municipais. Entre as principais ações aprovadas estão: criação de um protocolo de atendimento à saúde mental dos servidores, com espaço de escuta; implementação de um sistema de informação para monitorar as principais doenças que afetam os servidores; aumento do número de profissionais da área de psicoterapia para atendimento; revisão do protocolo de saúde mental do município, com ajustes necessários; ampliação do número de sessões para tratamento e terapia psicológica, atualmente limitado a 10; revisão do decreto de lei 382-2021, para incluir doenças relacionadas à saúde mental que possam afastar servidores; capacitação de gestores para identificação de problemas de saúde mental e prevenção ao assédio moral; e autorização para que os servidores possam realizar tratamento psicológico durante o horário de trabalho, sem prejuízo salarial.

Depoimentos e discussões

Segundo o vereador Luiz Carlos Custódio Fontana, a proposta de realizar a audiência pública surgiu a partir de relatos recebidos de servidores e moradores da cidade. "A proposta de realizar essa audiência pública sobre a saúde mental dos servidores públicos surgiu a partir das demandas que recebemos dos próprios servidores e também de muitos moradores de Criciúma, que nos procuram diariamente para relatar preocupações e comentar sobre esse tema tão importante", destacou.

O estudante de psicologia Roberto A. Melo Filho abordou a importância da escuta ativa e da palavra como ferramenta de apoio. "Eu tenho aprendido um pouquinho sobre a importância e o valor da palavra, da palavra dita, mas também da palavra ouvida, escutada. Quero dizer que eu falo e me calo por conta dessa questão do discurso do trabalhador, que deve ter o papel central nessa discussão", afirmou Melo.

O médico do trabalho Dr. Roberto Ruis destacou os principais riscos que afetam a saúde dos servidores, dividindo-os em cinco categorias: riscos químicos, físicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos. Ele enfatizou que os riscos ergonômicos, especialmente relacionados à saúde mental, são os mais preocupantes. "O assédio moral é uma conduta abusiva que atinge a dignidade do trabalhador, sendo uma forma de violência que se manifesta de diversas maneiras", explicou Ruis.

Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Julio Zavadil, a audiência foi fundamental para analisar o contexto atual dos servidores de Criciúma. "A audiência é de fundamental importância para analisar esse contexto atual dos servidores de Criciúma", declarou.

Continuidade do trabalho

Com os encaminhamentos aprovados, o vereador Fontana destacou que o trabalho em prol da saúde mental dos servidores continuará em discussão, buscando garantir que as medidas implementadas sejam eficazes e atendam às necessidades dos trabalhadores do município.

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