Por Patrick Stüpp - patrick.stupp@engeplus.com.br
Em 22/05/2025 às 18:28Um caso de gripe aviária em um quero-quero está sendo investigado em Garopaba. A notificação foi feita nessa quarta-feira, dia 21, pela Vigilância Epidemiológica, que acionou a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) para fazer a coleta da amostra. Agora, o caso está sendo analisado pelo Ministério da Agricultura.
Segundo a médica veterinária e presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, Santa Catarina não tinha nenhum caso suspeito de gripe aviária desde dezembro de 2024. Porém, as suspeitas aumentaram no mês de maio deste ano devido à migração das aves livres da Patagônia. O caso do quero-quero está sendo monitorado e o laudo deve ser divulgado já nesta sexta-feira, dia 23.
“Este aumento de suspeitas já era uma demanda que estávamos esperando, sendo um procedimento normal, por conta deste processo de migração. Porém, são poucos casos e estamos atendendo e monitorando todos. Solicitamos que as pessoas, principalmente os agricultores, mantenham distância dos animais e realizem as medidas necessárias”, ressaltou.
Monitoramento
Além de Garopaba, Santa Catarina também está com mais dois casos suspeitos em Chapecó e Concórdia. Um caso de gripe aviária em avicultura comercial também estava em investigação no município de Ipumirim, entretanto, foi descartado. A informação foi divulgada na tarde desta quinta-feira, dia 22, por meio de uma nota oficial da Secretaria do Estado da Agricultura.
“Mesmo com o descarte de um caso de gripe aviária, outras amostras serão coletadas para que o Ministério da Agricultura consiga fazer o diagnóstico de qual patologia se encontrava no animal. Até o momento, Santa Catarina continua com os status livre de influência aviária em agricultura comercial. Mas, em caso de sintomas respiratórios ou nervosos, precisamos ser acionados”, pontuou a presidente da Cidasc.
No caso de possíveis suspeitas, as pessoas podem fazer as denúncias por meio do site e-Sisbravet, clicando aqui. Além disso, as notificações podem ser feitas com contatos disponíveis no site da Cidasc, pelo telefone 0800 643 9300, ou diretamente em um escritório local da companhia. “Informamos que o consumo de aves e ovos é seguro e não representa nenhum risco ao consumidor final”, comunicou o órgão.
Métodos de prevenção
Ainda, desde a última sexta-feira, dia 16, Santa Catarina emitiu um alerta máximo para que a avicultura comercial reforce as medidas de segurança e o Estado também está intensificando as ações de defesa sanitária animal, como, por exemplo:
Análise da movimentação de aves vivas e ovos férteis vindos da região do foco;
Direcionamento da atividade de vigilância ativa em propriedades que receberam animais daquela região do foco nos últimos 30 dias;
Orientação aos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFFs) da divisa sul para intensificar a inspeção documental e física de todas as cargas de aves e ovos férteis provenientes do Rio Grande do Sul.
Os médicos-veterinários da Cidasc também foram orientados a manter a avaliação criteriosa nos atendimentos de casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN) e a influenza aviária é enquadrada. Também foram intensificadas as orientações durante as vigilâncias e certificações de rotina, tanto em plantéis de aves comerciais, quanto em aves de subsistência, sobre a importância na prevenção das doenças das aves.
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