Por André Abreu
Em 09/05/2022 às 20:06Muitos analistas têm apontado que numa guerra é difícil definir certo ou errado, ou praticamente impossível. As ações da Rússia sobre o país vizinho da Ucrânia têm sido mostradas desde seu início no final de fevereiro diante de telespectadores no mundo inteiro. A Rússia insiste em chamar o que faz na Ucrânia de "operação militar especial" para defesa das repúblicas independentes de Donetsk e Luhanski. As duas repúblicas estão em território ucraniano e buscam a independência para posteriormente se juntar à Rússia.
Muitos questionam se a Rússia poderia ter feito a invasão sob pretexto de uma ameaça dos EUA e do Ocidente. O problema é que sob o direito internacional, por simplesmente imaginar ou entender que o Ocidente pretendia se armar contra os russos, isso não daria o direito da Rússia supostamente se defender invadindo a Ucrânia.
Todos os países têm direito à defesa e se armam militarmente da melhor forma que acham possível. Agindo assim, os países estabelecem que o melhor caminho para a paz seria imaginar uma possível guerra. A corrida armamentista expõe o dilema dos países estabelecerem negócios e relações internacionais enquanto desconfiam um dos outros. Ainda que em conflito sobre a Ucrânia, por exemplo, a Rússia mantém embaixada em Washington e os Estados Unidos mantém embaixada em Moscou. O problema começa quando os diplomatas deixam os países e embaixadas são fechadas: é o sinal da guerra.
A Rússia vem trilhando o caminho contrário à relação entre países por mais de dois meses. Sob qualquer ótica a Ucrânia tem direito à sua unidade territorial (não há lei internacional que justifique uma invasão de um país sob outro): o país faz parte da ONU e tem um governo reconhecido internacionalmente. A tomada da Crimeia em 2014 foi o primeito ato ilegal da Rússia e foi o teste para as ações realizadas desde 24 de fevereiro deste ano.
As ações de Putin acabaram por fortalecer a OTAN, pois para se sobrepor à Rússia o resto da Europa precisa se unir. Suécia e Finlândia são os próximos a aderir à Organização, que tem no Brasil um aliado extra-OTAN, admitido durante o governo Trump.
Com toda sua força geopolítica a Rússia teria várias opções para recorrer e evitar a guerra. A guerra foi promovida pela Rússia, pois foi sob ordens do Kremlin que partiram os tanques para atacar o país vizinho.
Perspectivas para paz estão praticamente zeradas, pois Zelenskyy agora não quer negociar com Putin e não quer perder parte do território em uma negociação de paz. Europa, EUA e Canadá vão investir bilhões em armas para que Kiev se mantenha de pé e para que as forças russas tenham que se concentrar para defender as chamadas repúblicas independentes no leste ucraniano. Por isso o confilto entre russos e ucranianos é de longo prazo. E a opção nuclear? O uso de qualquer arma nuclear pelos russos daria um aval aos EUA para utlizarem suas armas nucleares, por isso todo momento que Putin fala em armas nucleares ele está blefando, pois sabe que o pior seria o dia seguinte.
Foto: Embaixada dos EUA em Moscou.
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